quarta-feira, 31 de outubro de 2012

TRÊS ESCOLAS INDÍGENAS DA REGIÃO AMAJARÍ PARTICIPARAM DO V INTERCULTURAL DAS ESCOLAS INDÍGENAS DO ENSINO MÉDIO




Três Escolas do Amajarí participaram do V Intercultural das Escolas do Ensino Médio “O Fruto do Nosso estudo e trabalho” Promovido pela Divisão Escolar Indígena- DIEI/SECD. Foram as Escolas Estaduais Indígenas Tuxaua Manoel Horácio- Comunidade Guariba, Tuxaua Raimundo Tenente- Comunidade Araçá e Santa Luzia- Comunidade Três Corações.
Esse Intercultural teve como objetivo apresentar, socializar e articular os trabalhos e as experiências das atividades e projetos desenvolvidos pelos os alunos e professores das Escolas do Ensino Médio Regular promovendo o intercâmbio, avaliando e propor melhorias na qualidade de ensino, para fortalecer e valorizar a cultura dos povos indígenas de Roraima. Participaram 23 escolas das regiões de Surumú, Serra da Lua, Serras, Taiano, Baixo Cotingo, São Marcos, Murupu, Raposa, Amajarí.
A Escola Estadual Indígena Santa Luzia apresentou o Projeto “Viva Natureza” tendo com linha unificadora é de preservar a natureza e cultivar mais plantas para que no futuro possamos ter plantas para produzir remédios medicinais caseiros, preservar espécies de plantas medicinais.
Escola Tuxaua Manoel Horácio apresentou o“Projeto Jovens Indígenas: Promovendo a Educação Ambiental” com o objetivo de incentivar a educação ambiental aos discentes para que compreenda a natureza complexa do meio ambiente natural e do meio ambiente criado pelo homem, resultante da integração de seus aspectos biológicos, físicos, sociais, econômicos e culturais.
Escola Estadual Tuxaua Raimundo Tenente teve como Titulo do Projeto Leitura” esse projeto realizado pelos alunos sendo trabalho por áreas de conhecimento ciências sociais, comunição e arte, ciências da natureza, foram atividades realizadas em lugares sagrados da comunidade Araçá, também teve um aula de campo na Pedra Pintada e Tepequém. Com foco de preservar, conhecer e repassar as histórias contadas pelos ancestrais da comunidade.
O resultado positivo do Intercultural, no decorrer dos anos, em que foi realizado proporcionou a continuidade da implantação do ensino médio nas escolas que apresentaram demanda.
DADOS- Conforme dados do Censo Escolar (2011), comas novas implantações de Ensino Médio regula há 42 escolas 15.005, para DIEI (2012) há um total de 48 Escolas de Ensino Médio e 1.862 alunos.

Fonte: Divisão Escolar Indígena- DIEI/SECD

Escrito por: Monaliza Ribeiro <rmonalizanayara@yahoo.com.br> Profª. Da Escola Estadual Indígena Tx. Manoel Horácio- Comunidade Guariba.

ASSOCIAÇÃO JUNIOR ACHIEVEMENT RORAIMA, REALIZOU ATENDIMENTO NA ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA TUXAUA MANOEL HORÁCIO.




Através de programas educativos, a Associação Junior Achievement Roraima promoveu a importância socioambiental na Escola Estadual Indígena Tuxaua Manoel Horácio, na Comunidade Indígena Guariba. Foram realizados 220 atendimentos nos dias 13 e 14 de agosto de 2012 para alunos, professores e equipe de apoio.

Alunos participantes dos Programas
Capacitação dos Professores






OS PROGRAMAS APLICADOS

Introdução ao Mundo dos Negócios: Apresenta aos jovens noções sobre economia de mercado e as funções básicas de uma empresa, além de desenvolver um plano de carreira.
Economia Pessoal: Estimula os jovens a descobrir seu potencial e explorar opções de carreira, como conseguir um emprego e o valor da educação.
As vantagens de Permanecer na Escola: Mostra aos alunos a importância de continuar estudando, integrando conceitos de empregabilidade, educação e qualificação.
Atitude Pelo Planeta: Contribui para uma maior compreensão dos princípios da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável, buscando formar cidadãos conscientes e participativo.

DEPOIMENTOS DOS PARTICIPANTES
“Foi muito legal, um dia vou ser uma grande empresária e ganhar muito dinheiro”.
Beatriz Barbosa de matos- Aluna do 5º ano

“Achei esses programas muito importantes porque antes não sabia como administrar, o meu dinheiro agora já sei me organizar”.
Jeovanes Santana Gentil- Aluno do 8º ano

“Uma oportunidade única. Jamais vou esquecer essa experiência levarei para sempre cada ensinamento”.
Christensen Silva de Souza- Aluno do 2ª Série do Ensino Médio

“Os programas despertaram melhores expectativas de vida e o conhecimento adquirido sobre o mundo empresarial trará bons frutos para a comunidade”
Tuxaua Adelinaldo Rodrigues

Desde 2004, parceiros e participantes da Associação Junior Achievement Roraima, promovem o desenvolvimento socioambiental no Estado, através da educação empreendedora de jovens e crianças durante o período escolar.
Para a escola foi de fundamental importância por ser a primeira escola indígena a fazer parte da Associação Junior Achievement Roraima. Fazendo assim abertura de novas escolas indígenas serem atendidas pelos programas.

Matéria de: Monaliza Ribeiro< rmonalizanayara@yahoo.com.br> - Profª. Da Escola Estadual Indígena Tuxaua Manoel Horácio- Comunidade Guariba- Terra Indígena Araçá- Amajarí- Roraima.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Professores indígenas apresentam dossiê sobre escolas, na Assembleia Legislativa de Roraima

Representantes da Organização dos Professores Indígenas assinaram dossiê entregue à Comissão de Educação
 


Representantes da OPIRR (Organização dos Professores Indígenas de Roraima) entregarem, esta semana, ao presidente da Comissão Permanente de Educação, Cultura, Desportos e Saúde da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE/RR), deputado Joaquim Ruiz (PV), um dossiê sobre a situação precária das escolas indígenas do Estado. A secretária estadual de Educação, Lenir Rodrigues, também esteve presente à reunião.

No documento consta que as escolas estão com a estrutura física degradada pela ação do tempo, além de não atenderem à demanda exigida pelas comunidades. Os professores reclamam da falta de reforma e ampliação das unidades.

Em outros casos, segundo o dossiê, a construção das unidades de ensino foi iniciada, mas há anos está parada, sem previsão para a conclusão. Diante da necessidade dos alunos, existem comunidades onde as escolas foram erguidas pelos próprios indígenas, com materiais e recursos próprios.

“Nas localidades onde não existem escolas, o jeito é improvisar e dar aula em baixo de árvores ou em barracões da comunidade. Predominam as edificações improvisadas, erguidas com fito de atender as necessidades imediatas de uma escola regular”, comentou o deputado Joaquim Ruiz ao ter acesso ao documento.

O dossiê apresentado à Comissão de Educação foi elaborado por professores que representam as etnias Macuxi, Wapichana, Yekuana, Ingarikó, Wai-Wai, Yanomami, Patamona, Sapará, Taurepang pertencentes às regiões do Amajari, Baixo Cotingo, Murupu, Taiano, Raposa, Serras, Serra da Lua, Surumu, Ingarikó, Wai-Wai e Yanomami.

Conforme o coordenador da Opirr, professor Telmo Paulino, a precariedade nas instalações das escolas indígenas é um problema generalizado. Durante a reunião, foi buscado relatar as dificuldades enfrentadas pelos educadores e alunos indígenas que há anos perduram sem solução.

“A situação das escolas em várias regiões é precária na parte de infraestrutura. Tem escolas que aguardamos a reforma há dois ou três anos e outras que estão com a construção parada apenas no baldrame e com metade da parede levantada. Dinheiro tem, agora como fazer para chegar lá na ponta é o desafio”, comentou Paulino.

A parte estrutural das escolas indígenas foi o foco da reunião, mas problemas relacionados com a distribuição da merenda escolar, o atendimento do transporte escolar e as condições das estradas de acesso às unidades escolares também foram pontuados.

Diante dos relatos, o deputado Joaquim Ruiz disse ser necessário envolver os segmentos da área federal para se fazer um trabalho integrado com o Estado para, principalmente, recuperar áreas críticas das estradas e garantir que a merenda e o transporte escolar atendam aos alunos.

O parlamentar destacou que esta é a hora de se estabelecer critérios e prioridades, já que o momento é de discussão para definição da peça orçamentária do Estado para o próximo ano. Ruiz integra a Comissão Mista criada pela ALE para acompanhar o processo. “Há disponibilidade financeira, vamos interceder agora junto ao Governo do Estado para atender as escolas com maiores dificuldades na infraestrutura física”, informou.

Conforme o deputado, a pretensão é priorizar ao menos dez escolas indígenas. “Além das que serão atendidas dentro do projeto da Secretaria de Educação, nós queremos priorizar com recursos do Estado mais dez escolas para que a gente possa atender dentro do orçamento 2013 e beneficiar as comunidades indígenas do nosso Estado”, adiantou.

SECRETÁRIA - A secretária de Educação, Lenir Rodrigues, convidada a participar da reunião, informou que foi aprovado junto ao Governo Federal um plano de ações articuladas para a construção, reforma e ampliação de 144 escolas indígenas.

“Só que os procedimentos burocráticos são dificultosos e nós precisamos, inclusive, da colaboração das próprias organizações e comunidades. Existem escolas com doze, dezoito anos sem reforma que não é resultado desse Governo. É necessário também que a gente lute para que as coisas andem. Os recursos podem vir sim, mas com os procedimentos legais atendidos”, disse.

Ela falou, ainda, da importância da ALE em ajudar na solução para as escolas indígenas. “A Assembleia pode nos ajudar muito priorizando algumas escolas para que essas sejam atendidas de forma emergencial”, destacou Lenir Rodrigues.

DADOS - Para atender os 14 mil alunos indígenas, existem em Roraima 227 unidades escolares, conforme o documento apresentado. Destas, a maioria apresenta problemas estruturais. A falta de reforma e até mesmo a construção inacabada das escolas nas áreas indígenas foram as principais situações relatadas.

A OPIRR, formada por 1.400 professores indígenas do quadro da União, efetivos e temporários, tem buscado apoio junto aos órgãos competentes e pedido socorro. Mês passado, um grupo de educadores se reuniu na frente da ALE em protesto contra as condições das unidades escolares.

domingo, 28 de outubro de 2012

I Encontro dos Jovens Indígenas do Amajarí “Em defesa do Meio Ambiente Saudável e Desenvolvimento Sustentável em Nossa Região” Centro Regional de Lideranças Indígena- Araçá- Amajarí



CARTA DOS JOVENS INDÍGENAS DO AMAJARÍ
     Nós jovens indígenas da região Amajari - RR, com a participação de 95 jovens dos povos: Macuxi, Wapixana e Taurepang representantes das comunidades: Araçá, Guariba, Vida Nova, Mutamba, Aningal, Ouro e Santa Inês. E instituições e entidades parceiras: Escolas Estaduais Indígenas, Secretária Municipal de Assuntos Indígenas do Amajarí- SEMAIA, Fundação Nacional do Índio- FUNAI/RR, Instituto Federal de Roraima- IFRR/Amajari, Central Única dos Trabalhadores- CUT/RR, Coletivo de Juventude da CUT/RR, Fórum das Juventudes de Roraima – FOJURR, Núcleo de Juventude Indígena de Roraima - CIR, Centro Regional de Educação Indígena do Amajarí Noêmia Peres- CREIANP, Organização dos Professores Indígenas- OPIRR, Coordenação Regional da Juventude Indígena de Amajari-, Acadêmicos de Gestão Territorial Indígena, professores e tuxauas das comunidades: Araçá, Aningal e Guariba. 
Reunidos no I Encontro dos Jovens Indígenas do Amajarí, sob o tema “Em defesa do meio ambiente saudável e desenvolvimento sustentável em nossa região”, através desta carta vimos apresentar as nossas reivindicações e propostas que contemplam os anseios da juventude indígena de Amajari:
1.      Educação: Como a educação indígena precisa se organizar para atender as demandas da juventude?  
             Que o governo Federal, Estadual e Municipal, através da Secretária de Educação garanta e cumpra os serviços de assistência de educação escolar indígena adequado com garantia de recursos necessários baseados em nossa realidade, exigimos que as estruturas das escolas em nossas comunidades sejam com boas infraestruturas dignas para que haja um bem estar para todos considerando as condições, geográficas, sociais e culturais indígenas de da região e a especificidades de cada comunidade:
                       ·                     Na Revitalização da educação indígena familiar (através de intercâmbios de famílias tradicionais promovendo oficinas de conhecimento tradicionais dos pais e filhos na valorização cultural);
                       ·                     Que as escolas indígenas de ensino médio profissionalizante de acordo com a realidade de cada povo com parcerias de instituições de ensino profissionalizante;
                       ·                     Escola com uma concepção pedagógica de empreendimento e revitalização cultual através do ensino-aprendizado teórico e prático (começar a se trabalhar com temas contextualizados de acordo com nossa realidade);
                       ·                     Trabalhar o ensino contextualizando a realidade socioeconômica, política, territorial e linguística com a concepção pedagógica indígena;
                       ·                     Participação dos jovens estudantes nas assembleias estaduais e regionais como prioridade de ensino multicultural;
                       ·                     Conscientização das organizações, entidades governamentais, lideranças e pais sobre as competências dos jovens indígenas na participação de projetos;
                       ·                     Que nós os jovens tenhamos autonomia nos nossos projetos voltados a sustentabilidade, empreendimentos e gestão nos quais nós mesmos da comunidade/região sejamos responsáveis;
                       ·                     Que na grade escolar seja colocado o ensino aprendizado desde o ensino fundamental com projetos de pesquisa e o ensino médio profissionalizante e com projeto de intervenção e estágio com bolsas de incentivos;
                       ·                     Regionalizar a nossa merenda escolar.
2.      Saúde: Como enfrentar as novidades do mundo moderno dentro das comunidades indígenas relacionadas à saúde do jovem?
Que o governo federal, Estadual e Municipal, planejem e garantam serviços diferenciados à assistência à saúde adequada e de qualidade para os jovens indígenas, com garantia de recursos necessários baseados na realidade da região e respeitando as especificidades de cada comunidade, inclusive na priorização para as formações e contratações do pessoal de saúde da comunidade local, considerando as condições econômicas, geográficas, sociais e culturais indígenas.
· Drogas: Criar grupos de Trabalho para elaborar palestras e material Educativo (grupo de jovens da região, capacitados com as instituições parceiras sejam na área educação, saúde, sustentabilidade, economia, terra, cultural e social).
· Álcool: Estimular a interlocução entre as instituições da saúde e da educação.
· Gravidez Precoce, DST/AIDS, Tabagismo: Que a SESAI crie e assegure uma coordenação de saúde voltada para jovens indígenas;
· Anabolizantes: Estimular práticas esportivas na escola e comunidade geral.
· Trânsito: Realizar aulas de educação no trânsito nas escolas.
· Remédios e Alimentos industrializados: Realizar projetos como: Horta Escolar, Roça Comunitária, Criação de aves, Piscicultura, Bovinocultura, e plantas medicinais, para uma saúde alimentar adequado. (2) Capacitar jovens das comunidades com cursos técnicos em agronomia, jornalismo, medicina e outros incluindo os cursos e técnicos buscando parceiras juntos aos órgãos competentes;
· Internet: Promover oficinas e debates sobre o uso da internet: Benefícios e malefícios na saúde do jovem.
3.      Economia: Como pensar em gerir instrumentos que garantam a sustentabilidade econômica?
Que o governo federal, estadual e municipal melhore a infraestrutura das pontes recapeamento das estradas das comunidades indígenas da região para que haja um escoamento de nossas produções agrícolas e outros. Que possamos ter parcerias das instituições e entidades para que possamos melhora a economia regional e de cada comunidade na realização de cursos e etc. Propostas feitas:
·                Criação da I Feira de produção dos jovens indígenas do Amajarí e uma estadual;
·                Reciclando a vida (coleta seletiva dos lixos dentro de nossas comunidades envolvendo os agentes ambientais, AISAN, AIS e comunidade);
·                Jovens Pecuaristas: cursos técnicos para jovens pecuaristas.
·                Qualificar os pequenos empreendedores (panificação e artes plásticas e outros);
4.      Direitos e deveres: Como garantir os direitos e deveres da juventude indígena sem ferir a tradição?
Que as instituições respeitem a forma de organização das comunidades, que haja parceiras para sensibilizar a proteção, educação, trabalho, saude das crianças e jovens de nossas comunidades respeitando nossas especificidades. Propostas feitas:
·         Ensinar as crianças os modos tradicionais da comunidade (pescar, caçar e outros).
·         Oficina de legislativa sobre a ECA;
·         Palestras de saúde para os adolescentes/jovens (sobre drogas, gravidez na adolescência, DST’s, etc.);
·         Que a comunidade denuncie ao conselho tutelar os abusos contra as crianças e adolescentes;
·         Realização de mutirão junto com o conselho tutelar para discutir as questões das crianças e dos jovens;
5.      Meio Ambiente e desenvolvimento sustentável: Como a juventude pode pensar em gerir os instrumentos que garantam a defesa do meio ambiente, território, social e cultural da nossa região?
              O direito de posse a terra já temos queremos a garantia de ampliação de nossas terras demarcada em ilha. Assim como também exigimos a fiscalização e a proteção de nossas terras uma vez que temos médios e grandes fazendeiros a nossa volta. Assim com o território garantido, os recursos naturais serão conservados, pois são importantes para cultura e o modo de vida, na buscar de tornar cada vez mais um ambiente equilibrado para os presentes e as futuras gerações. Propostas feitas:
·         Reflorestamento das áreas desmatadas, reprodução em viveiro e sensibilização da população local através de projetos;
·         Sensibilização dos membros das comunidades para a não poluição das nascentes através de oficinas e seminários;
·         Parceria com a prefeitura e outros para reciclagem de resíduos;
·         Criação de fiscalização pelas comunidades para prevenção da pesca predatória;
·         Criação de bancos de sementes, com a possibilidade de trocas de conhecimentos e repasse dos conhecimentos tradicionais.
Embora tenha havido avanços na defesa dos direitos dos povos indígenas, ainda nos deparamos com graves problemas que afligem nossas comunidades indígenas principalmente na área da educação, saúde, desenvolvimento sustentável, demarcação e regularização de nossas terras, devido à política governamental que não respeita os costumes e tradições de nosso povo.
Nesta direção, a juventude organizada nas bases se fortalece para lutar e beneficiar os povos indígenas da região e do estado, estando preparada para discussões e participação nos diversos espaços com o domínio das políticas publica.
  Queremos participar e discutir junto com as demais lideranças as questões indígenas e as especificas dos jovens, bem como o apoio dos mesmos para que esta mobilização juvenil possa crescer garantir a continuidade das lutas, tradições e culturas indígenas.  
Não há leis nem políticas especificas para a juventude indígena no Brasil, mas temos o anseio por ocupar os espaços voltados para a juventude, seja nas comunidades seja nos âmbitos governamentais e nas organizações indígenas.
 Nós jovens muitas vezes ainda tratados como incapazes e vistos como pessoas que não querem nada ou não valorizam as culturas dos nossos povos, este encontro vem para mostrar que a juventude apenas precisa de oportunidades de participação e credibilidade, ou seja, é de fundamental importância que as lideranças e organizações indígenas apóiem a juventude para que esta possa concretizar seus anseios e inserção nos movimentos indígenas em nossas comunidade e região.
 Assim nos Jovens Indígenas assinamos esta Carta para que seja enviada aos parceiros, organizações e demais interessados.


Comunidade Indígena Araçá- Terra Indígena Araçá- Amajarí-Roraima, 1 de setembro de 2012.