INDÍGENAS DE RORAIMA VÃO A IX ACAMPAMENTO TERRA LIVRE, FACE À CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO+20).
Foto: Buriti |
Com
um grupo de 40 indígenas das regiões Amajarí, Baixo Cotingo, Surumu, Serras,
Raposa, Taiano, Murupú Wai-Wai, Yanomami, São Marcos, das Organizações CIR,
OPIRR, OMIR, ODIC, HUTUKARA, APITSM e APIW. Roraima foi bem representado no IX
Acampamento Terra Livre, por ocasião da Cúpula dos Povos, encontro paralelo de
organizações e movimentos sociais, face à Conferência das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
Com
mais de 1.800 lideranças, representantes de povos e organizações indígenas estavam
presentes, APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (COIAB, APOINME,
ARPINSUL, ARPINSUDESTE, povos indígenas do Mato Grosso do Sul e ATY GUASU),
COICA – Coordenadora de Organizações Indígenas da Bacia Amazônica, CAOI –
Coordenadora Andina de Organizações Indígenas, CICA – Conselho Indígena da
América Central, e CCNAGUA – Conselho Continental da Nação Guarani e
representantes de outras partes do mundo. No período de 15 a 22 de Junho 2012 tivemos
intensos debates e discussões realizados sobre os distintos problemas que nos
afetam, como expressão da violação dos direitos fundamentais e coletivos de
nossos povos, educação, Terra, vimos em uma só voz expressar perante os
governos, corporações e a sociedade como um todo o nosso grito de indignação e
repúdio frente às graves crises que se abatem sobre todo o planeta e a
humanidade.
O
Acampamento Terra Livre foi de fundamental importância na Cúpula dos Povos, o
espaço que nos possibilitou refletir, partilhar e construir alianças com outros
povos, organizações e movimentos sociais do Brasil e do mundo, que assim como
nós, acreditamos em outras formas de viver que não a imposta pelo modelo
desenvolvimentista capitalista e neoliberal. Foram defendidas vidas plurais e
autônomas, inspiradas pelo modelo do Bom Viver/Vida Plena, onde a Mãe Terra é
respeitada e cuidada, onde os seres humanos representam apenas mais uma espécie
entre todas as demais que compõem a pluridiversidade do planeta.
AS PROPOSTAS FEITAS
PELOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL PARA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
ü Queremos uma Educação Escolar
Indígena que respeite a diversidade de cada povo e cultura, com tratamento
específico e diferenciado a cada língua, costumes e tradições.
ü Exigimos que se tornem efetivas
as políticas dos estados para garantia da educação escolar indígena, tal como
os territórios etnoeducacionais no Brasil.
ü Queremos uma educação
escolar indígena com componentes de educação ambiental, que promova a proteção
do meio ambiente e a sustentabilidade de nossos territórios.
ü Exigimos condições para o
desenvolvimento a partir das tradições e formas milenares de produção dos
nossos povos.
Por: Monaliza
Ribeiro< rmoanalizanayara@yahoo.com.br>
, Professora da Rede de Educação Básica, na Escola Estadual Indígena Tuxaua
Manoel Horácio, Comunidade Guariba- T.I Araçá- Amajarí-RR.
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