domingo, 28 de outubro de 2012

INDÍGENAS DE RORAIMA VÃO A IX ACAMPAMENTO TERRA LIVRE, FACE À CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO+20).



INDÍGENAS DE RORAIMA VÃO A IX ACAMPAMENTO TERRA LIVRE, FACE À CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO+20).


Foto: Buriti

Com um grupo de 40 indígenas das regiões Amajarí, Baixo Cotingo, Surumu, Serras, Raposa, Taiano, Murupú Wai-Wai, Yanomami, São Marcos, das Organizações CIR, OPIRR, OMIR, ODIC, HUTUKARA, APITSM e APIW. Roraima foi bem representado no IX Acampamento Terra Livre, por ocasião da Cúpula dos Povos, encontro paralelo de organizações e movimentos sociais, face à Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
Com mais de 1.800 lideranças, representantes de povos e organizações indígenas estavam presentes, APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (COIAB, APOINME, ARPINSUL, ARPINSUDESTE, povos indígenas do Mato Grosso do Sul e ATY GUASU), COICA – Coordenadora de Organizações Indígenas da Bacia Amazônica, CAOI – Coordenadora Andina de Organizações Indígenas, CICA – Conselho Indígena da América Central, e CCNAGUA – Conselho Continental da Nação Guarani e representantes de outras partes do mundo. No período de 15 a 22 de Junho 2012 tivemos intensos debates e discussões realizados sobre os distintos problemas que nos afetam, como expressão da violação dos direitos fundamentais e coletivos de nossos povos, educação, Terra, vimos em uma só voz expressar perante os governos, corporações e a sociedade como um todo o nosso grito de indignação e repúdio frente às graves crises que se abatem sobre todo o planeta e a humanidade.
O Acampamento Terra Livre foi de fundamental importância na Cúpula dos Povos, o espaço que nos possibilitou refletir, partilhar e construir alianças com outros povos, organizações e movimentos sociais do Brasil e do mundo, que assim como nós, acreditamos em outras formas de viver que não a imposta pelo modelo desenvolvimentista capitalista e neoliberal. Foram defendidas vidas plurais e autônomas, inspiradas pelo modelo do Bom Viver/Vida Plena, onde a Mãe Terra é respeitada e cuidada, onde os seres humanos representam apenas mais uma espécie entre todas as demais que compõem a pluridiversidade do planeta.

AS PROPOSTAS FEITAS PELOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL PARA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
ü  Queremos uma Educação Escolar Indígena que respeite a diversidade de cada povo e cultura, com tratamento específico e diferenciado a cada língua, costumes e tradições. 
ü  Exigimos que se tornem efetivas as políticas dos estados para garantia da educação escolar indígena, tal como os territórios etnoeducacionais no Brasil.
ü   Queremos uma educação escolar indígena com componentes de educação ambiental, que promova a proteção do meio ambiente e a sustentabilidade de nossos territórios. 
ü  Exigimos condições para o desenvolvimento a partir das tradições e formas milenares de produção dos nossos povos.


Por: Monaliza Ribeiro< rmoanalizanayara@yahoo.com.br> , Professora da Rede de Educação Básica, na Escola Estadual Indígena Tuxaua Manoel Horácio, Comunidade Guariba- T.I Araçá- Amajarí-RR. 



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